Aeroporto local de muita correria, encontro e desencontro...
- Oi.
- Oi.
- Sempre da um medo né.
- Não sei é a primeira vez que vôo.
- Ah é? E não está com medo?
- Estou, mais nada demais.
- Ih, não deveria estar tão tranqüila assim.
- Porque?
- Não ouviu falar do numero de aviões que anda caindo?
- Não, achei que o avião era o meio de transporte mais seguro.
- O que? uma tonelada de ferro que voa você acha seguro?
- Mas falaram que é, que perto do numero de acidente de carro...
- Nem se compara, você conhece alguem que sobreviveu a um acidente de avião?
- Não.
- De carro você conhece?
- Sim.
- Pronto.
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- Amor cadê as passagens?
- Tava com você.
- Não eu falei pra você pegar.
- Não eu falei pra você.
- Não acredito nisso.
- Oque você não pegou as passagens?
- Não você não pegou.
- Eu, mais era pra você ter pego, eu peguei os travesseiros.
- Se não tivesse pego os travesseiros não teria esquecido as passagens. E pra travesseiro?
- Você sabe como eu sou.
- Sim eu sei, esquecido, esqueceu as passagens e agora?
- E agora eu é que pergunto. O combinado era você pegar as passagens.
- Não combinamos nada, quem pegava o que? Mais pela lógica você tinha de ter pego.
- Pela lógica eu deveria viajar sozinho.
- Oque?
- Não pensei alto aqui.
- É devia ter pensado alto nas passagens.
- Mais era pra você pegar.
- Não era pra você.
- Você.
- (atendente) Próximo.
- Então é que o cabeçudo do meu marido esqueceu as passagens, será que tem como embarcar sem?
- Sim só preciso do seu nome e RG, só um instante.
- Viu se tivesse pego não precisaria esperar, aí Paulo você sempre esquecendo as coisas, se não fosse eu não sei o que seria de você...
- Senhora, seu vôo é só amanhã.
- Quem é o esquecido agora?
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- Dentro de 10 minutos estaremos passando com o serviço de bordo.
- Hum, serviço de bordo, que beleza hein, paguei caro por isso, chegar rápido e pelo serviço de bordo.
- O senhor nunca viajou de avião né?
- Porque?
- Eles só servem refrigerante e barrinha de cereal.
- O que?
- Sim é o que servem, não vai me dizer que o senhor achou que ele serviriam um bife a permegiana?
- Não tanto, mais barrinha de cereal? Achei que só vendia isso nas academias.
- Tem vôo que não servem nem barrinha.
- Ah é mentira sua, você ta falando isso pra brincar comigo, é uma pegadinha né?
- Não, pergunta pro cara do seu lado.
- É verdade isso que ele ta falando?
- Sim.
- Não pode ser eu paguei caro, eu quero pelo menos uma bisnaguinha.
- Mais não tem, tem refrigerante e
- Para, cadê as câmeras, isso é uma brincadeira... Ela ta chegando, não quero mais ouvir vocês.
(Aeromoça) O senhor aceita refrigerante? E a barrinha é de banana ou morango?
- Pode parar com a brincadeira, já sei que é uma pegadinha, onde ta a câmera?
- Do que o senhor ta falando?
- Barrinha, refrigerante
- Depois não tem como o senhor pegar só passamos uma vez.
- E só passam uma vez, bem que falaram que tinha entreterimento no avião, vocês são muito engraçados.
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- Temos saída de emergência ao lado...
- Oi, oi...
- Pois não senhor?
- Saídas de emergência? Como assim? Avião não é o meio de transporte mais seguro?
- Sim senhor, só que em caso de emergência...
- Mas em caso de emergência eu não posso sair pela porta que eu entrei?
- Pode senhor, só que também pode pelas saídas de emergências.
- Em caso de qual tipo de emergência?
- Co - como?
- Que tipo de emergência que a porta pode ser usada?
- No caso de algum acidente.
- Acidente mais esse não é o meio de transporte mais seguro?
- Sim senhor, mais caso venha acontecer alguma coisa temos que nos previnir.
- Como assim nos previnir, você não toma remédio sem estar doente pra se previnir?
- Mais não tem nada haver senhor.
- Como não tem nada haver, se é o meio de transporte mais seguro, não precisa de saídas de emergência...
- Senhor, o senhor esta se equivocando.
- Porque, eu tava aqui pronto pra viajar e você vem com esse negócio de emergência.
- São procedimentos, procedimentos.
- Então eu tenho duvidas, duvidas.
- Senhor posso terminar minha explicação?
- Fazer o que...
- No caso de turbulência caíram mascaras de oxigênio.
- Oi, oi...
- De novo não... Pois não senhor?
- Mascaras de oxigênio? Pra que mascaras de oxigênio?
- Para o caso de haver despresuarização.
- E se acontecer isso e tiver alguma emergência, vai dar tempo de eu pegar minha mascara e correr pra porta?
- Senhor, o senhor não esta entendendo...
- Tem para-quedas de emergência?
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- Pra onde você está indo?
(Lendo um livro) O que? Eu?
- É, pra onde você está indo?
- Para o Rio de Janeiro.
- Ah, pro Rio...
- Uhum... (volta a ler)
- A passeio ou a trabalho?
- Hum?
- Vai passear ou trabalhar?
- Nenhum dos dois.
- Ah!
(De volta pro livro)
- Ué vai fazer o que lá então?
- Fazer o que?
- É se não vai nem a passeio, nem a trabalho vai fazer o que lá?
- Vou buscar umas coisas minhas que estão lá.
- Coisas? No Rio?
- Desculpe não querendo ser grosso, mais acho que não é da sua conta.
- Não querendo ser grosso? Eu só estava puxando assunto, meus médicos falaram que seria bom.
- Seus médicos?
- É meus médicos, disse que conversar faz bem.
- Mais o que o senhor tem (fechando o livro).
- Ah agora você quer conversar? Volta a ler seu livro... passar bem.
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- Oi moça, quanto ta o café?
- $5 reais.
- Qua - quanto?
- $5 reais senhor.
- Que isso, um cafezinho $5 reais?
- Isso, e hoje esta na promoção um cafezinho mais um pão de queijo $11 reais.
- HÁ HÁ HÁ... Promoção?
- Isso, e com mais $3 reais você leva o café médio.
- Ah o de $5 reais era o pequeno?
- Isso.
- Isso é um roubo? Com $5 reais eu compro um pacote de café e o filtro e faço uns
- Mais é o preço meu senhor, não posso fazer nada, desculpe.
- Desculpe? Não se desculpe, só fique ciente que eu nunca, ouviu nunca vou tomar café aqui, nem eu, nem ninguém vai pagar $5 reais por um café, ninguém é otário pra pagar isso...
(Nova cliente, loira e bonita) Bom dia, me vê um cafezinho, melhor me vê o da promoção que vem um pão de queijo.
- Pois não.
(Loira) Bom dia.
- Bom dia.
- O senhor já tomou o café?
- Tomo sempre que tenho vôo na parte da manhã...
Seu café senhora...
- Me vê o de sempre com aquele pãozinho de queijo...