Casa toda apagada, a mulher está “bruxa” pensando que o marido esqueceu o dia do aniversário, quando ela entra em casa, a surpresa!
- Surpresa... Parabéns pra você, nessa data querida...
- Pode parar com essa palhaçada, para, para!
- O que amor? É teu aniversário, festa surpresa!
- Eu sei que é meu aniversário, pelo jeito quem não sabia era você.
- Sabia por isso fiz essa festa surpresa...
- Boa desculpa. Salgadinho, brigadeiro, balão de festa, acha que pode me comprar?
- Como assim te comprar?
- Me comprar sim, eu já vi isso nos filmes, esquecem o aniversário daí disfarçam fazendo festa surpresa.
- Não estamos disfarçando, estava combinando isso a muito tempo, hein pessoal.
- Todos concordam!
- Eles até tudo bem esquecer, mais você Lucio Flavio, você? Você é meu marido, dorme comigo, eu te agüento toda noite roncando, e você esquece o dia do meu aniversário.
- Mais amor eu não esqueci, quis fazer uma surpresa então combinei com todo mundo.
- Todos concordam, de novo.
- Aham sei vou fingir que acredito.
- Foi tudo intencional. Vamos cantar parabéns... Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades...
- Para com essa musica chata, só fica a mesma coisa, eu não quero os parabéns, nem os presentes de vocês.
- Mais amor.
- Mais amor é uma ova, acham que eu sou palhaça?
- Todos discordam!
- Não amor, queria te surpreender.
- E conseguiu, nunca pensei que você faria isso comigo, esquecer meu aniversario e fingir que fez uma festa surpresa.
- Mais é de verdade. Apaga a luz, vamos cantar parabéns de novo. Parabéns pra você, nessa data querida...
- Liga essa luz agora ou eu vou embora.
- Todos discordam de novo.
- Alias quem são essas pessoas?
- São seus amigos.
- Meus amigos? Eu não conheço ninguém que está aqui.
- Não fala assim amor.
- É, não fala assim.
- Quem são eles, Roberto?
- Vem no pacote.
- Que pacote?
- O pacote, festa surpresa pronta.
- Então tira eles daqui agora.
- Eles não podem sair enquanto não cantarem, parabéns pra você... Com o pique, pique, etc.
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- Alo, só to ligando pra desejar parabéns hein.
- Mais não é meu aniversário hoje.
- Como não?
- Não, não é!
- Claro que é.
- Não é!
- Como não, ta na minha agenda aqui. É hoje eu tenho certeza.
- Não é, quer saber mais do que eu?
- Não é que eu queira saber mais do que você, mas se eu to falando que é hoje é hoje!
- Não é, meu aniversário é amanhã.
- Não é amanhã é hoje, ta aqui, 21/12.
- Não, é 22/12 eu sou de capricórnio.
- Claro que não, você é de sagitário, quase foi de capricórnio, mais é de sagitário, por isso nos damos tão bem.
- Eu faço dia 22/12, sou de capricórnio, e não me dou tão bem assim com você.
- Como não? Claro que se da, você gosta pra caramba de mim, todos os sagitarianos gostam.
- Vai ver é por isso que eu não gosto, é por que eu sou capricórniano.
- Não é não, chama sua mãe pra mim.
- Minha mãe já morreu, você ta de brincadeira?
- Claro que não, sua mãe ta vivinha, tive com ela esses dias, outra que me dou bem ela é de libra né!
- Ela já morreu, e era de aquário.
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- Ah ta ficando mais velho hein.
- É.
- Daqui um tempo vai casar...
- Pois é.
- Vai ter filhos.
- É a vida.
- Comprar uma casa própria.
- É o curso natural né.
- Crescer no emprego.
- Deus te ouça.
- Sair com a família nos finais de semana.
- Coisa boa.
- Reunir todo mundo no fim do ano...
- É legal.
- Ter netos.
- Não deve ter coisa melhor.
- E daqui uns tempos não vai mais dar no coro!
- Não isso não, isso não vai acontecer comigo!
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Todo ano era a mesma coisa, todos se reuniam pra jantar no dia do aniversário, e comiam a mesma coisa, e tomavam a mesma coisa, e falavam sobre as mesmas coisas. Então poucos dias antes do aniversario dele ela morreu. E ele organizou tudo fez todo o ritual como ela fazia, só que dessa vez sem ela. E comemorou sozinho. Certa hora quando estava comendo escutou um barulho.
- Quem está aí?
...
- Devo estar ficando louco.
- Passa o queijo ralado.
- Toma... O que?
- O queijo ralado.
- Amor?
- Da o queijo.
- O que você ta fazendo aqui?
- Ué não é teu aniversário?
- É. Mais, mais, mais...
- Mais o que?
- Você não ta morta.
- Uí, não fala assim.
- Ué como eu vou falar?
- Seila, mais não assim.
- Você não foi dessa pra melhor?
- Quem disse que é melhor?
- Não é?
- É, é, to brincando.
- E o que ta fazendo aqui?
- Vim cantar parabéns pra você. O chefe viu que você tinha preparado tudo, se comoveu e deixo eu vir.
- Que legal da parte dele.
- É, mais disse que é pra eu levar um pedaço de bolo pra ele.
- Claro, claro, ia sobrar mesmo. E como é lá em cima?
- É sobre isso mesmo que eu queria falar.
- Fala.
- Eu vim te dar os parabéns por duas coisas.
- Duas?
- É a primeira é pelo seu aniversário. E a segunda é que você vai subir como presente de aniversário.
- Sério?
- Serissimo.
- Ele não poderia ter dado meias?
- É ele estava em duvida, dava meias ou isso. Daí falei pra ele que você não agüentava mais ganhar meias. Foi o que o fez decidir.
- Quem disse que eu não queria ganhar meia. Claro que eu queria.
- Ah quando eu dava você reclamava.
- Sim mais ia ganhar meias de Deus.
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- Assopra as velas e faz um pedido.
... Pronto!
- Qual foi o pedido?
- Não posso falar.
- Como não pode falar?
- Se não, não se realiza.
- Ah é né.
- É.
- Mais só da uma dica. Tem a ver comigo?
- Não, porque teria, o pedido é meu.
- Seila vai que você pediu pra ficarmos rico.
- Nem pensei nisso. Será que não tem direito a três pedidos?
- Acho que não. Talvez quando é aquelas velas que acendem de novo depois que apaga.
- A minha apagou e acendeu três vezes até minha mãe dar uma tapa nela, mas eu só fiz o pedido na primeira.
- Perdeu a chance de pedir mais coisas.
- Nem me toquei.
- Mais o que você pediu?
- Não posso falar, que saco.
- Pra mim não tem problema de contar.
- Porque pra você não tem problema?
- Porque eu não conto pra ninguém.
- Mas eu não posso se não, não acontece.
- Mesmo se contar não acontece.
- Você ta louco.
- Verdade.
- Não é.
- É sim. Eu faço pedido todo ano e até agora não fui atendido.
- Qual foi o pedido?
- Não posso falar se não, não se realiza.
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- Quantos anos você ta fazendo?
- Nossa que pergunta indelicada.
- Ué é o dia do teu aniversário, achei que não seria.
- Mais é.
- Desculpe.
- Nada. Quantos anos você acha que eu to fazendo?
- Quantos anos eu acho?
- É.
- Hoje...
- É olhando pra mim, sem saber minha idade quantos anos você diria?
- Olhando bem olhado, aquela olhadona...
- Quantos?
- No duro.
- No duro!
- 37 anos.
- 37 anos, você ta louco, quem te convidou pra minha festa?
- Foi você.
- Convidei porque não achei que você achava que eu tinha 37.
- Mais eu não acho.
- Você acabou de falar.
- Mais você que pediu pra eu chutar.
- E porque você não perguntou?
- Eu perguntei você falou que era indelicado.
- E é. Mais não no dia do aniversário. Uma hora o bolo chegará, e todos saberão.
- Foi o que eu disse.
- Não, foi o que eu disse... Como deixaram alguém que acha que eu tenho 37.
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- Festa maneira hein.
- Festona.
- É.
- Boa comida hein? Provou a coxinha?
- Provei. Divina. Chorei com a massa. E você provou o canudinho com maionese no meio.
- O que é aquele canudinho.
- Bom né.
- Muito. E os docinhos. Viu o tamanho do brigadeiro?
- Aquilo não é um brigadeiro, é uma patente mais alta.
- Ahahahaha... é mesmo, e o beijinho?
- Pelo jeito a confeiteira era Afrodite.
- Pelo beijinho sim.
- E a gelatina?
- Simples mais sensacional.
- Grande festa.
- Muito boa.
- E a musica hein.
- Boníssima. Ótimo playlist.
- Grande festa.
- Ótima.
- Ele merece.
- Mais não é ela.
- Ué será que eu to na festa errada, aqui não é o aniversário do Paulão?
- Não aqui é o da Beti.
- Bem que eu desconfiava que tava muito boa.