quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dialogos gay


O cara está esperando, o amigo chega sorrindo.
- Por que você está sorrindo.
- Um gay deu em cima de mim hoje.
- E porque isso te deixa feliz?
- Porque quer dizer que eu to bem na fita.
- Cara, você sabe que o gay é homem né?
- E dai, que preconceituoso que você é.
- Não estou falando disso, to falando que pelo fato de ser homem, ele ainda continua dando em cima de qualquer coisa que se move, com a diferença de que agora o alvo dele é outro.

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- Cara você acha que eu daria um bom gay?
- ãhm?
- Gay, você acha que eu serviria pra ser gay.
- Como assim? Que papo mais estranho.
- É que toda família tem um gay né. E na minha não tem, ai tava pensando se não poderia ser eu.
- Como assim toda família, na minha família não tem.
- Tem.
- Não tem.
- Tem.
- Tem sim, se na sua também não tem, talvez o gay seja você.
Silencio.
- Ah não, tem sim, acabei de lembrar, que tem um primo meu que é gay.
- Sei, sei...

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- Cara você não leva jeito pra ser gay.
- Claro que levo.
- Não leva não!
- Claro que sim, quer ver eu ser gay? Duvida que eu seja gay?
- Não, não duvido. Mas você não daria um bom gay.
- Por quê?
- Não sei, não consigo te ver gay, você é muito preguiçoso, nem um pouco vaidoso, vive rodeado de mulher.
- Só por isso. Besteira. Eu podia ser um gay diferente.
- Gay diferente?
- É. Um novo tipo de gay. Um gay mais tranquilo, um gay que gosta de mulher.
- Isso já existe, e o nome dele é: homem.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Qual é a resposta?



Professores deveriam ganhar como os jogadores de futebol, ser admirados como famosos da TV e ter a paciência como a de um monge.

Na sala de aula, durante uma prova.
- passa cola, passa cola. – sussurrou.
O da frente fingiu que não ouviu e seguiu fazendo a prova. Então ele tentou o do seu lado direito.
- Ei!
Silencio.
- Psiu... Ei!
A professora olhou, ele se voltou rapidamente para a prova, abaixando a cabeça como um médium, prestes a receber um espirito, que ao menos fosse bom em matemática.
Silencio.
- Oh!
Silencio.
- Piter!
- Oi.
- Qual é a resposta da quatro?
- Quatro.
- É. Qual é a resposta?
- Quatro.
- Isso da quatro.
Novamente a professora voltou o olhar pra ele. Que repetiu o movimento mediúnico. Piter se virou de uma maneira que mesmo estando ao lado dele, parecia estar de costas. Agora só restava ajuda do colega do lado esquerdo. Já que ele sentava na ultima carteira. Atrás dele só a parede. Que talvez soubesse mais a matéria do que ele, já que assistia à aula desde que tinha sido erguida. Voltou-se para a sua ultima esperança.
- Marina. – sussurrando.
Silencio.
- Marina.
Silencio. – Olhou para frente para ver se a professora estava olhando. Não.
- Me ajuda Marina.
- O que você quer?
- Só quero a resposta.
Só?
- De qual?
- De qualquer uma.
- A 3 é a A.
- Tem certeza?
- Poh além de eu estar passando cola você ainda quer que eu tenha certeza?
- Ta bom, desculpa. Desculpa. Qual é a resposta da 4?
- A.
- E da 5?
- A.
- De novo?
- Sim.
- Mas três respostas A de uma vez?
- Sim.
Silencio. Virou para o lado e voltou a tentar chamar o Piter.
- Piter. – sussurrou.

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Depois de terminar uma prova de múltipla escolha, todos tem a mesma reação: termina e fica esperando no corredor para comparar as respostas.

- E aí, o que você achou?
- Achei mais ou menos, só fiquei com duvida em duas. E você.
- Eu também, fiquei com duvida em duas. 3 e 5.
- Nas mesmas que eu. O que você colocou na 3?
- D, e você?
- D, também. E na 5?
- C, e você?
- C. Opa, acho que acertamos.

Chega mais um que terminou a prova.

- E aí?
- Nossa, tava muito fácil.
- É, tava mesmo. – os dois falam juntos.
Silencio.
- O que você colocou na 3?
- E.
- E?
- É, E. E vocês?
- D.
- D também.
- E na 5?
- A.
- A?
- Mas A?
- É. A. Porque, o que vocês colocaram?
- C.
- Mas não tinha nada a ver com C.
- Nem com A.
- Acho que você errou.
- Porque eu? Acho que vocês que erraram.
- Você estudou?
- Não.
- Não.
- Então.
- É, acho que ele acertou.

Chega mais um sobrevivente.

- O que você colocou na 3.
- B.
- B?
- Não tem como ser B.
- Eu não estudei, mas sei que não é B.
- E na 5.
- F.
- F? – Os três falam em uníssono.
- É, F.
- Mas nem tinha F.
- Não, tinha na de vocês. Na minha tinha.
- Como assim na sua?
- Tinha quatro modelos de provas.

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Depois da aula todos saem, menos Jaderson.
- Professora.
- Pois não.
- Acho que não da mais.
- Não da mais?
- É não da mais. Os outros alunos estão começando a ficar com ciúmes. É melhor pararmos por aqui.
- Pararmos por aqui?
- Sim. No começo vai doer porque nos vemos todos os dias, mais aos poucos vamos nos acostumar. Se a senhora preferir posso pedir para os meus pais me mudarem de escola. Invento uma mentira. Sou expulso.
- Ser expulso, não precisa fazer isso.
- Se for pra senhora não sofrer eu faço.
- Eu não estou entendendo.
- Estamos sozinhos aqui. Todos já foram. Pode agir normalmente.
Silencio.
- Não é que eu não ame mais a senhora, mas é que acho que somos muito diferentes. Temos essa coisa da diferença de idade, que é claro que não chega a ser um problema, mas eu tenho muito pela frente, sem querer ofender.
Silencio. A professora segue sem entender. Ele vai até ela. Da um beijo na testa dela e sai.
- Espero que isso não interfira na minha nota, não posso ficar de recuperação se não meus pais não vão me levar para Disney. – fala e sai.

domingo, 14 de outubro de 2012

Jesus casado?



Há pouco tempo encontraram alguns indícios de que Jesus pode ter sido casado. Partindo dessa idéia, imaginei algumas situações pela qual ele pode ter passado.



Jesus chega em casa tarde, de fininho para não acordar a mulher, entra de fininho, liga o lampião, Maria está sentada no escuro, esperando ele, batendo no pulso, num relógio imaginário. Jesus toma um susto.
- Aí meu Pai! Quer me matar mulher?
- Posso saber onde o Senhor estava até essa hora?
- Onde eu estava?
- É?
- Eu estava espalhando a boa nova por ai...
- Até 3 da manhã?
- Sabe como é, não existe hora para espalhar a palavra.
- Ta enquanto você fica por aí, dando uma de messias, a palhaça tem que ficar limpando peixe. Não sei da onde sai tanto peixe.
Silencio. Jesus puxa a cadeira pra sentar.
- Ih, ta fedendo a bebida de novo. Andou tomando vinho, né?! Você ta virando alcoólatra. Daqui a pouco vai ter que ir para o AA.
- Para com isso. Foi só um pouco de vinho. Não foi culpa minha. Juro que tava tomando agua, quando eu vi já tinha virado vinho.
Silencio.
Maria levanta e se encaminha para o quarto.
- Eu não sei por quanto tempo vou aguentar isso Jesus.
Jesus vai atrás.
- Nossa que exagero amor.
- Não é exagero... você se preocupa com todo mundo menos comigo.
- Para.
- Para você, nem adiantar vir. Pode ir dormir com as cabras.

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Jesus está sentado na rede, de olhos fechados. Maria entra na sala.
- Jesus, vai dormir na cama.
- Eu não to dormindo. To rezando.
- Roncando?
Jesus não responde.
- Je, você acha que eu to gorda.
Jesus só abre um dos olhos e da uma olhada pra ela. Quando ela olha ele fecha o olho.
- Jesus eu to falando com você.
- Maria eu to tentando falar com o meu pai.
- E eu to te fazendo uma pergunta. Cê acha que eu to gorda?
- Gorda?
- É.
Silencio.
- Maria, veja bem, o que é estar gorda? Não devemos ligar para a nossa carcaça...
- Carcaça? Você ta me chamando de carcaça?
- Quis dizer que não devemos ligar para o nosso corpo físico, mas sim para a nossa alma. Essa sim nós devemos nos preocupar em não deixar pesada, em mantê-la o mais leve possível. Praticando boas ações. Fazendo o bem...
- Quer parar de falar em parábolas e responder de uma vez!
Silencio.
- Jesus!
Silencio.
- Jesus eu to falando com você.
- Maria, eu to falando com o meu pai. “Alo, oi pai...”
Maria sai batendo o pé. Jesus só abre um dos olhos pra vê-la saindo.
- Essa foi por pouco.

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No salão de beleza da época. Varias mulheres reunidas. Começam a se gabar de seus respectivos
- Ei menina, to sabendo que o seu marido ta pra virar rei.
- Pois é, nem me fale. É só mais dois morrerem que ele assume.
- Arraso.
- E o meu marido foi eleito o melhor carpinteiro de Jerusalem.
- Mentira.
- Sério. Ele saiu essa semana na NAZARÉ S/A. matéria de capa.
Maria pra não ficar atrás solta um suspiro.
- Pfff!
Todas olham pra ela, que está cheia de bobs na cabeça, parecendo a dona Florinda.
- O que foi?
- É que acabei de lembrar.
- O que?
- Meu marido ia jantar com o sogro hoje, tratar de negócios.
- Quem é seu marido?
- Jesus.

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Na mesa onde foi feita a ultima ceia, esta Jesus e todos os outros apóstolos, comendo e bebendo. Jesus da uma olhada pela janela e se levanta.
- Ih, vai onde? – diz Pedro.
- Tenho que ir. Já passou da minha hora.
- Fica mais um pouco. Vamos tomar a saideira. Garçom trás mais uma garrafa de água.
- Não. – faz sinal que não para o garçom. – Se eu chegar tarde novo a Maria me põe pra fora.
- Olha aí hein, o todo poderoso com medo da mulher.
Todos na mesa caem na gargalhada.
- Não é medo, é respeito.
- Respeito. Ela que tinha que te respeitar, você é o Messias.
- O todo poderoso!
- É. Você é o filho de Deus ou um rato?
- Filho de Deus.
- Então?
Silencio.
- Jesus, você tem que se impor cara.
- Quem é que leva pão e peixe pra dentro de casa?
- Eu.
- Quem concerta as coisas em casa?
- Eu.
- Quem curou a mãe dela quando a velha estava morrendo?
- Infelizmente, eu.
- Então. Você tem que mostrar pra ela quem manda.
- Você é muito bonzinho Jesus.
- Será?
- Será? Será? Claro que sim. Se você não começar a se impor agora daqui uns dias ela não vai te deixar sair de casa.
- Vocês estão certo.
- Lógico que estamos.
- Estamos aprendendo com o melhor.
Silencio. Jesus levanta.
- Garçom mais uma rodada de vinho e pão por minha conta. Tomai todos e comei porque hoje eu não tenho hora pra chegar em casa.

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Jesus está sentado de olhos fechados. Maria grita da cozinha.
- Jesus vem aqui.
Jesus fica em silencio.
- JESUS.
- Que foi Maria.
- Vem aqui.
- Eu to rezando.
- Vem aqui rapidinho.
Silencio.
- Jesus.
- Poh Maria.
- Vem rapidinho.
- Eu to falando com o meu pai.
- Diz que eu mandei um beijo pra ele. Mas vem, depois você continua falando.
Silencio.
- Não vai vir mesmo?
Silencio.
- Aposto que fosse um dos seus amiguinhos você ia correndo. Agora pra mim.
Jesus abre os olhos.
- Puta que pariu mesmo. – levanta, coloca as sandálias – To indo. To indo.
- Agora não precisa mais.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Em ponto


Ele está colocando a mesa para o jantar. Ela entra e fica parada na porta.
- Amor, está atrasada.
- Desculpa amor, eu calculei errado. Mas a carne só vai atrasar mais uns dez minutos.
- Não a carne.
- Sua mãe?
- Não, que minha mãe.
- Ela quem então?
- Minha menstruação.
- Sua quem?
- Minha menstruação!
Fica tão nervoso que coloca cinco garfos no mesmo lado.
- A quanto tempo?
- O suficiente.
- Tem certeza? As vezes ela não está tão atrasada, só pegou um transito, mas já está vindo.
- Amor, já falei que não estou falando da minha mãe.
- Nem eu.
Ela fica olhando para ele sem entender.
- Você acha que você pode estar...
- Gravida!
- Gravida?
- É! Não era isso que você ia falar?
- Não, ia falar: doente.
- Ai Renato. – Ela senta e começa a chorar. – O que nós vamos fazer?
- Calma. Não entra em pânico. Panico não vai ajudar em nada. Temos que manter o pânico. A calma!
Silencio.
- Primeiro temos que ter certeza de que realmente está atrasada.
Ela para de chorar e olha para ele.
- Está mesmo né?!
Ela faz que sim com a cabeça.
Silencio.
Ele levanta e voltar a por a mesa para o jantar.
- O que você está fazendo?
- terminando de por a mesa para o jantar.
- Por quê?
- Não quero mais nada atrasado nessa casa. Primeiro vamos jantar. Depois entramos em pânico.
Tira a carne do forno e coloca em cima da mesa.

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Os dois chegam juntos em frente a um bar, vindo cada um de uma direção. Ficam olhando em volta como se procurassem alguém.
- Você por um acaso não viu uma menina de vestido florido por aqui não?
- Não.
Silencio.
Voltam a olhar em volta ainda com esperança de encontrar quem estão procurando.
- Quando você estava por aqui não viu um rapaz de camisa xadrez e all star branco.
- Também não.
Silencio.
Olham para o relógio.
- Droga de transito. – pensa alto.
- Atrasado?
- Sim.
- Eu também. Não me dou bem com a pontualidade.
- Eu também não. Quer dizer, até me dava, quando se tinha uma noção de quanto tempo realmente demoraria para chegar em algum lugar.
- Pois é, agora tem isso, você tem que calcular quanto tempo da até o ponto de encontro, mais o transito, contratempos.
- Sim. Tenho que parar de marcar de me encontrar. Nunca chego no horário. Eu até tento, mas não sei o que acontece. Parece que sempre aparece alguma coisa pra atrapalhar e faz com que eu chegue atrasado.
- Mentira.
- É geralmente, ninguém acredita.
- Não, eu disse mentira, porque comigo também acontece.
- Sério?
- Sim! Aí eu tento explicar, mas nunca acreditam.
- Eu acredita.
- Obrigado.
Silencio.
Dão mais uma olhada em volta.
- Pelo jeito não aguentaram esperar.
- É, pelo jeito, não mesmo. Se bem que foi melhor, ele não acreditaria o que aconteceu.
- É, nem ela.
Silencio.
- O que aconteceu?
- É uma longa história.
- Eu não tenho pressa, não tenho nenhum compromisso marcado.
- Então eu conto. Só se você contar a sua.
- A minha é inacreditável.
- Não mais que a minha.
Os dois entram no bar.
Então chega uma mulher de vestido florido vindo de um lado e um homem de camisa florida e all star vindo do outro.

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- Que horas são no seu relógio.
- No meu falta dez.
- Estranho no meu já são e cinco.
- É que o meu está dez minutos atrasados.
- quinze!
- Não, dez.
- Não, quinze. Porque se agora são e cinco e no seu falta dez, quer dizer que está quinze.
- Não, está só dez, o seu que está cinco adiantado.
- Não, o meu está certo. O seu que está quinze atrasado.
- Não, o meu está só dez. Não deixo quinze. Só dez. O seu é que está errado.
- É o seu.
- O meu.
Uma senhora que está passando pergunta as horas.
- falta dez.
- são e cinco.
- Alias, agora, falta nove!
- Não, são e seis.
- Nove.
- Seis.
A senhora acompanha discussão com a cabeça.
- Falta nove cacete!
- Não, já são e seis.
- Nove!
- Seis.
Os dois começam a se pegar na porrada. Um senhor passa olhando para os dois no chão, gritando “nove”, “seis”.
- Tão brigando por causa do truco?
- Não horas.
- Horas?
- É, que horas são?
Ele olha para o relógio.
- E quinze!