quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nessa data querida

Casa toda apagada, a mulher está “bruxa” pensando que o marido esqueceu o dia do aniversário, quando ela entra em casa, a surpresa!

- Surpresa... Parabéns pra você, nessa data querida...

- Pode parar com essa palhaçada, para, para!

- O que amor? É teu aniversário, festa surpresa!

- Eu sei que é meu aniversário, pelo jeito quem não sabia era você.

- Sabia por isso fiz essa festa surpresa...

- Boa desculpa. Salgadinho, brigadeiro, balão de festa, acha que pode me comprar?

- Como assim te comprar?

- Me comprar sim, eu já vi isso nos filmes, esquecem o aniversário daí disfarçam fazendo festa surpresa.

- Não estamos disfarçando, estava combinando isso a muito tempo, hein pessoal.

- Todos concordam!

- Eles até tudo bem esquecer, mais você Lucio Flavio, você? Você é meu marido, dorme comigo, eu te agüento toda noite roncando, e você esquece o dia do meu aniversário.

- Mais amor eu não esqueci, quis fazer uma surpresa então combinei com todo mundo.

- Todos concordam, de novo.

- Aham sei vou fingir que acredito.

- Foi tudo intencional. Vamos cantar parabéns... Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades...

- Para com essa musica chata, só fica a mesma coisa, eu não quero os parabéns, nem os presentes de vocês.

- Mais amor.

- Mais amor é uma ova, acham que eu sou palhaça?

- Todos discordam!

- Não amor, queria te surpreender.

- E conseguiu, nunca pensei que você faria isso comigo, esquecer meu aniversario e fingir que fez uma festa surpresa.

- Mais é de verdade. Apaga a luz, vamos cantar parabéns de novo. Parabéns pra você, nessa data querida...

- Liga essa luz agora ou eu vou embora.

- Todos discordam de novo.

- Alias quem são essas pessoas?

- São seus amigos.

- Meus amigos? Eu não conheço ninguém que está aqui.

- Não fala assim amor.

- É, não fala assim.

- Quem são eles, Roberto?

- Vem no pacote.

- Que pacote?

- O pacote, festa surpresa pronta.

- Então tira eles daqui agora.

- Eles não podem sair enquanto não cantarem, parabéns pra você... Com o pique, pique, etc.

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- Alo, só to ligando pra desejar parabéns hein.

- Mais não é meu aniversário hoje.

- Como não?

- Não, não é!

- Claro que é.

- Não é!

- Como não, ta na minha agenda aqui. É hoje eu tenho certeza.

- Não é, quer saber mais do que eu?

- Não é que eu queira saber mais do que você, mas se eu to falando que é hoje é hoje!

- Não é, meu aniversário é amanhã.

- Não é amanhã é hoje, ta aqui, 21/12.

- Não, é 22/12 eu sou de capricórnio.

- Claro que não, você é de sagitário, quase foi de capricórnio, mais é de sagitário, por isso nos damos tão bem.

- Eu faço dia 22/12, sou de capricórnio, e não me dou tão bem assim com você.

- Como não? Claro que se da, você gosta pra caramba de mim, todos os sagitarianos gostam.

- Vai ver é por isso que eu não gosto, é por que eu sou capricórniano.

- Não é não, chama sua mãe pra mim.

- Minha mãe já morreu, você ta de brincadeira?

- Claro que não, sua mãe ta vivinha, tive com ela esses dias, outra que me dou bem ela é de libra né!

- Ela já morreu, e era de aquário.

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- Ah ta ficando mais velho hein.

- É.

- Daqui um tempo vai casar...

- Pois é.

- Vai ter filhos.

- É a vida.

- Comprar uma casa própria.

- É o curso natural né.

- Crescer no emprego.

- Deus te ouça.

- Sair com a família nos finais de semana.

- Coisa boa.

- Reunir todo mundo no fim do ano...

- É legal.

- Ter netos.

- Não deve ter coisa melhor.

- E daqui uns tempos não vai mais dar no coro!

- Não isso não, isso não vai acontecer comigo!

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Todo ano era a mesma coisa, todos se reuniam pra jantar no dia do aniversário, e comiam a mesma coisa, e tomavam a mesma coisa, e falavam sobre as mesmas coisas. Então poucos dias antes do aniversario dele ela morreu. E ele organizou tudo fez todo o ritual como ela fazia, só que dessa vez sem ela. E comemorou sozinho. Certa hora quando estava comendo escutou um barulho.

- Quem está aí?

...

- Devo estar ficando louco.

- Passa o queijo ralado.

- Toma... O que?

- O queijo ralado.

- Amor?

- Da o queijo.

- O que você ta fazendo aqui?

- Ué não é teu aniversário?

- É. Mais, mais, mais...

- Mais o que?

- Você não ta morta.

- Uí, não fala assim.

- Ué como eu vou falar?

- Seila, mais não assim.

- Você não foi dessa pra melhor?

- Quem disse que é melhor?

- Não é?

- É, é, to brincando.

- E o que ta fazendo aqui?

- Vim cantar parabéns pra você. O chefe viu que você tinha preparado tudo, se comoveu e deixo eu vir.

- Que legal da parte dele.

- É, mais disse que é pra eu levar um pedaço de bolo pra ele.

- Claro, claro, ia sobrar mesmo. E como é lá em cima?

- É sobre isso mesmo que eu queria falar.

- Fala.

- Eu vim te dar os parabéns por duas coisas.

- Duas?

- É a primeira é pelo seu aniversário. E a segunda é que você vai subir como presente de aniversário.

- Sério?

- Serissimo.

- Ele não poderia ter dado meias?

- É ele estava em duvida, dava meias ou isso. Daí falei pra ele que você não agüentava mais ganhar meias. Foi o que o fez decidir.

- Quem disse que eu não queria ganhar meia. Claro que eu queria.

- Ah quando eu dava você reclamava.

- Sim mais ia ganhar meias de Deus.

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- Assopra as velas e faz um pedido.

... Pronto!

- Qual foi o pedido?

- Não posso falar.

- Como não pode falar?

- Se não, não se realiza.

- Ah é né.

- É.

- Mais só da uma dica. Tem a ver comigo?

- Não, porque teria, o pedido é meu.

- Seila vai que você pediu pra ficarmos rico.

- Nem pensei nisso. Será que não tem direito a três pedidos?

- Acho que não. Talvez quando é aquelas velas que acendem de novo depois que apaga.

- A minha apagou e acendeu três vezes até minha mãe dar uma tapa nela, mas eu só fiz o pedido na primeira.

- Perdeu a chance de pedir mais coisas.

- Nem me toquei.

- Mais o que você pediu?

- Não posso falar, que saco.

- Pra mim não tem problema de contar.

- Porque pra você não tem problema?

- Porque eu não conto pra ninguém.

- Mas eu não posso se não, não acontece.

- Mesmo se contar não acontece.

- Você ta louco.

- Verdade.

- Não é.

- É sim. Eu faço pedido todo ano e até agora não fui atendido.

- Qual foi o pedido?

- Não posso falar se não, não se realiza.

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- Quantos anos você ta fazendo?

- Nossa que pergunta indelicada.

- Ué é o dia do teu aniversário, achei que não seria.

- Mais é.

- Desculpe.

- Nada. Quantos anos você acha que eu to fazendo?

- Quantos anos eu acho?

- É.

- Hoje...

- É olhando pra mim, sem saber minha idade quantos anos você diria?

- Olhando bem olhado, aquela olhadona...

- Quantos?

- No duro.

- No duro!

- 37 anos.

- 37 anos, você ta louco, quem te convidou pra minha festa?

- Foi você.

- Convidei porque não achei que você achava que eu tinha 37.

- Mais eu não acho.

- Você acabou de falar.

- Mais você que pediu pra eu chutar.

- E porque você não perguntou?

- Eu perguntei você falou que era indelicado.

- E é. Mais não no dia do aniversário. Uma hora o bolo chegará, e todos saberão.

- Foi o que eu disse.

- Não, foi o que eu disse... Como deixaram alguém que acha que eu tenho 37.

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- Festa maneira hein.

- Festona.

- É.

- Boa comida hein? Provou a coxinha?

- Provei. Divina. Chorei com a massa. E você provou o canudinho com maionese no meio.

- O que é aquele canudinho.

- Bom né.

- Muito. E os docinhos. Viu o tamanho do brigadeiro?

- Aquilo não é um brigadeiro, é uma patente mais alta.

- Ahahahaha... é mesmo, e o beijinho?

- Pelo jeito a confeiteira era Afrodite.

- Pelo beijinho sim.

- E a gelatina?

- Simples mais sensacional.

- Grande festa.

- Muito boa.

- E a musica hein.

- Boníssima. Ótimo playlist.

- Grande festa.

- Ótima.

- Ele merece.

- Mais não é ela.

- Ué será que eu to na festa errada, aqui não é o aniversário do Paulão?

- Não aqui é o da Beti.

- Bem que eu desconfiava que tava muito boa.

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