- Ei vai dormir na cama.
- Mais eu não to dormindo.
- Ta sim.
- Não to, to assistindo o filme.
- Mais o filme já acabou?
- Já! Não acredito tava aqui pensando com os olhos fechados e perdi o final.
- Para de mentir você tava dormindo.
- Não tava, tava pensando no que tenho que fazer amanhã.
- Sonhando com o que tem que fazer amanhã.
- Para de dizer que eu tava dormindo.
- Mais você tava.
- Como que alguém vai dormir no fim de um filme tão bom?
- Da mesma forma que dorme sempre.
- Mais não é que eu durma, é que eu fecho os olhos pra planejar o dia de amanhã e o filme acaba.
- Poh mais que dia cheio hein, ficou com os olhos fechados da metade do filme até o fim dele.
- É que eu to com o dia cheio amanhã.
- E você costuma roncar quando está se planejando.
- Para de querer dizer que eu tava dormindo.
- Mais você tava, e é sempre assim, você dorme no final do filme, daí loca o filme pra assistir o final, dorme de novo, atrasa a devolução porque tem que assistir pelo menos mais 3 vezes pra conseguir ver o final...
- Foi só uma vez e eu não assisti tantas vezes o final porque eu dormia mais sim porque tinha finais alternativos.
- Ah sim alternativos. Cada vez que você assistia sonhava com um final diferente.
- Nada a ver.
- É sim, admita que você estava dormindo.
- Mas eu não estava.
- Ta bom eu não vou discutir com você, Cláudio, se quer ficar dormindo nesse sofá duro o problema é seu só não me venha reclamar de dor nas costas amanhã porque eu não vou fazer massagem pra ninguém... Cláudio você estava dormindo de novo.
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- Amor vem dormir aqui comigo.
- Vem você aqui pro sofá.
- O que?
- Vem aqui você pro sofá, está tão quentinho, daí se eu vou aí pra cama tenho que começar tudo de novo.
- Começar tudo de novo o que?
- A me esquentar.
- Mais venha pra cá que eu te esquento.
- Venha você pra cá que já está quente.
- Eu não vou ir aí no sofá, não vou sair da minha cama quente e confortável pra ir até aí.
- E eu também não vou sair do meu sofá quentinho pra ir até aí.
- Então fica aí mal agradecido.
De madrugada...
- Amor da um espaçinho pra mim.
- O que que você quer?
- Chega pertinho de mim pra esquentar.
- A agora você quer, o que aconteceu com o “seu” sofá.
- Não sei quando peguei no sono estava tão quentinho e agora acordei com um frio.
- Daí vem querer me procurar, vai ficar com ele.
- Mais amor eu tava lá só até pegar no sono.
- Pois então agora fique lá até pegar uma gripe.
- Que isso Ana.
- Que isso digo eu, quando eu queria te esquentar você preferiu ficar naquela concha.
- Não precisa ofender também.
- Sai da cama, vai pro sofá.
- Deixa eu pelo menos levar uma coberta.
- A você estava sem coberta e mesmo assim preferiu ficar lá? O que que ele tinha que eu não?
- Não tinha coberta eu só tava assistindo e tentando esperar o sono vir.
- Eu tinha o sono aqui comigo.
- Ah amor!
- Ah amor uma ova.
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- Você não sabe com o que que eu sonhei!
- Com o que menina.
- Sonhei que estava numa praia...
- Qual praia?
- Não sei uma praia linda, deserta...
- Ih, deserta?
- É deserta porque?
- Não é bom. Mais continua.
- Estava um sol lindo, quando avistei de longe um bombeiro, lindo, sarado...
- Um bombeiro?
- É um bombeiro...
- Bombeiro não é boa coisa...
- É porque você não viu que bombeiro era... Olhos claros, alto, forte...
- Olhos claros?
- Sim, 1,90cm, barriguinha tanquinho.
- Olhos claros não é nada bom. Mais o que vocês fizeram daí.
- Ele veio em minha direção e me ofereceu uma respiração boca-boca.
- Ué você não tava na areia?
- Sim, mais você sabe como é sonho. Então como ouvi falar que se acontece alguma coisa no sonho, acaba acontecendo na vida real eu deixei.
- Deixou?
- E como, fez boca-boca, massagem cardíaca...
- Isso não é bom.
- O que, não é bom? Foi uma das melhores coisas que eu já senti.
- Mais esses sinais.
- Que sinais, foi apenas um sonho, infelizmente.
- Ah menina se cuida.
- Por quê?
- Praia deserta, bombeiro, massagem cardíaca. Vai fazer um check-up...
- Vou é procurar por praias desertas na internet, vai que esse sonho se torna realidade.
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- Cleverson, Cleverson... Acorda, acorda...
- O que?
- Você tava roncando.
- Não tava.
- Tava sim.
- Mais eu não ouvi nada.
- Claro você tava dormindo.
- Mais como roncando?
- Alto, muito alto, alto a ponto de eu ter que te acordar.
- Mais eu nunca ronquei.
- Como?
- Eu não ronco.
- Não mesmo, você não ronca...
- Viu.
- Você entra em erupção.
- Aí que exagero.
- Exagero porque não é você que ta do lado do terremoto.
- Ué nunca reclamaram do meu ronco.
- Mais só eu durmo com você.
- Então ta empatado
- Como empatado, você ronca e pronto.
- Você não tem como provar.
- Não? Ta bom então eu vou filmar e te mostrar.
- Quero ver.
- Vou colocar na internet.
- O que?
- Ué não quer ver.
- Perai, isso é uma discussão nossa.
- Não disse que ninguém nunca reclamou.
- Mais amor, não precisa me expor tanto.
- Ta com medinho?
- Não quero virar sensação na internet.
- Então para de roncar.
- Como?
- Não sei se vira se não vou contar pra todo mundo, imagine o que todo mundo vai dizer.
- Ta bom eu vou parar...
- Quero só ver.
No outro dia...
- Amor, eu quero divórcio.
- Ué porque?
- Não quero você colocando vídeo meu roncando, na internet.
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Durante a noite de um casal dormindo, a mulher rola na cama e derrepente o choque.
- Aí Samuel.
- O que?
- Nossa Samuel.
- Quem é esse tal de Samuel?
- Ahm.
- Acorda. Quem é Samuel?
- Eu que vou saber tava dormindo aqui.
- Não se faça...
- Que se faça? Tava dormindo você sabe disso.
- Sim eu sei. Mais quem é Samuel?
- Que mané, Manuel, volta a dormir, amanhã pulamos cedo.
- 1 hora depois...
- Manuel, Manuel...
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- Conta uma estória pra eu dormir?
- Ahm?
- Conta uma estória.
- Que estória?
- Sei la, você escolhe. Só até eu pegar no sono.
- Ah então você está insinuando que minhas estórias dão sono?
- O que?
- Falando pra eu contar uma estória pra te ajudar a pegar no sono...
- Nada a ver.
- Tudo a ver.
- Não precisa falar nada, queria te ouvir... Agora não quero mais, boa noite.
- Aí amor tava brincando.
- Você e essas suas brincadeiras, só queria uma estória e acabei arrumando uma confusão.
- Não arrumou nada. Deita aí que eu vou contar uma estória.
- Ta bom.
- Só não vai dormir no meio da estória como você sempre faz.
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Os dois deitados na mesma cama, um na cabeceira e o outro nos pés...
- Porque eu tenho que ficar nos pés?
- Porque você é mais novo.
- E o que que tem? A cama é minha.
- E daí? A cama é sua mais eu sou mais velho. E qual é o problema de dormir nos pés?
- Não gosto.
- Ninguém gosta.
- Tem gente que gosta.
- Quem gosta?
- Sei lá mais alguém deve gostar pra ter tido essa idéia.
- É se for pensar por esse lado.
- Tira o pé da minha cara.
- Não to com o pé na sua cara.
- Claro que ta, uí que nojo...
- Tira o seu da minha...
- Mais não é o meu.
- Como não é?
- Meu pé não alcança sua cara, eu sei eu tentei...
- O que? Mais de quem é então?
- Não sei, só que não é o meu.
- Ah não tem mais alguém entre nós. Acende a luz lá.
- Não, acende você.
- Porque eu?
- Você é o mais velho.
- E o que que tem?
- Que tem que o mais velho é o mais corajoso.
- Negativo. Aí caramba bateu com o pé de novo na minha cara.
- Ih, quer trocar de lugar pra ver se para?
- Será que adianta?
- Quer tentar?
- Mais e se não adiantar?
- Daí eu ligo a luz.
- Beleza no 3 nós trocamos.
- 1, 2, 3...
- Aí bem melhor.
- Só troquei porque você tava com medo.
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- Nossa você se mexe bastante quando ta dormindo hein.
- Sério nunca percebi.
- Vai ver é porque você está sempre dormindo.
- É pode ser.
- Olha vamos ter que comprar uma cama maior ou dormir em camas separadas.
- Que exagero.
- Exagero? Noite passada você me deu uma joelhada na costela, uma pesada na cara e um mata leão.
- Sério?
- Claro. Achou que esse olho roxo era do que? Que eu tinha caído da escada?
- Pode ser.
- Como pode ser, nem temos escada.
- Ah é...
- É, e não sei se vou sair viva de mais uma noite dormindo na mesma cama que você.
- Olha eu não faço por querer.
- Eu sei que não faz por querer, mais o que não da é pra continuar apanhando assim.
- Verdade. Vamos resolver esse problema.
- Relaxa que eu já sei como resolver.
- Ah já sabe que bom! Como?
- Toma.
- O que é isso?
- Abre.
... Nossa um pijama novo. Que estranho esse pijama.
- Não é bem um pijama é uma camisa de força.
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- Antes de dormirmos juntos eu quero te falar uma coisa.
- O que?
- Eu sou sonâmbulo.
- Serio?
- Seriíssimo.
- Ah mais não tem problema.
- É.
- É o que?
- É que quando eu tenho ataques de sonambulismo eu sapateio.
- Faz o que?
- Faço sapateado.
- Como você sabe.
- Algumas pessoas viram e me contaram.
- Nossa.
- E não para por aí.
- Não?
- Não. Eu também canto.
- Canta?
- Canto.
- Canta o que?
- Samba.
- Samba?
- Sim.
- Você sapateia e canta samba.
- Isso.
- Que loucura. E isso acontece sempre?
- Não, só quando tem platéia!
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