- doutor,
preciso de um atestado.
- você é um
mendigo.
- aé,
verdade.
- pera ai,
você é um mendigo, como vai pagar?
- eu tenho
duas noticias, uma boa e uma ruim, qual você quer primeiro?
- a boa.
- a boa é
que só tem uma ruim.
- e ai
doutor?
- eu tenho
uma noticia boa e uma ruim, qual vai ser?
- a ruim.
- você vai
morrer.
- e a boa?
- é que você
pagou antecipado.
- seu filho
está num estado lastimável.
- serio
doutor?
- sim,
Roraima.
- vamos
brincar de médico
- vamos.
- Certo, eu
sou o médico e você o paciente.
- ta.
Silencio. Passa
um tempo.
- e ai?
- calma, tem
que esperar ser chamado pela senha.
- perdemos
ele.
- meu Deus,
ele morreu.
- não, esta
brincando de esconde esconde.
- sério? Ai,
médico engraçadão.
- não.
- então
doutor eu não estou me sentindo bem.
- virose.
- mas eu nem
falei os sintomas.
- verdade, desculpa,
me diz quais os sintomas?
- tosse,
cansaço...
- virose...
desculpa. Continua.
- fraqueza,
vista embaçada.
- virose.
Virose. Virose.
- vou te dar
cinco dias de atestado.
- só doutor.
- você
queria quantos?
- comprei o
pacote de sete dias de viagem.
- o que o
senhor me indica?
- repouso.
- mas eu já
estou repousando a duas semanas.
- então vira
o colchão. E repousa mais um pouco.
- senhor o
plano não cobre cirurgia de ultima hora.
- e agora?
- espera
umas horas.
Uma pessoa
está passando mal no vôo
- por favor,
um médio no avião, um medico no avião, algum, por favor?
- aqui, eu
sou médico.
O médico
corre atender, mede tudo, faz todos os procedimentos padrões.
- e ai
doutor?
- é virose.
No ultra-som
- doutor, é
menino ou menina?
- é virose.
- tenho duas
noticias, uma boa e uma ruim, qual quer primeiro.
- a boa.
- tem
certeza, pensando bem ela nem é tão boa assim.
- se você
não fosse médico, o que você seria?
- paciente.
- eu vou te
receitar dois remédios.
- é pra
tomar?
- não, é pra
jogar dois comprimidos fora de oito em oito horas.
-doutor,
estou pensando em colocar silicone, o que o senhor acha?
- acho que
você deveria pelo menos esperar fazer 18 anos anos Flavio.
-o senhor
acredita em vida após a morte.
- nossa, que
pergunta estranha pra um médico.
- responde.
- acredito
sim.
- ótimo,
então esquece o que eu ia dizer sobre sua vida acabar em dois meses.
- conte até
trinta e três.
...
- trinta,
trinta e um, trinta e dois, trinta e três e la vou eu.
Um homem está
passando, de jaleco, a mãe com o filho, aborda o rapaz.
- fala pra
ele o que você estava me falando, bebe.
- quando eu
crescer eu quero ser médico, igual o senhor.
- eu não sou
médico, sou açougueiro.
- então, o
que você tem seu Marcos?
- olha
doutor, segundo o Google pode ser: gripe, câncer, tumor, torcicolo ou gravidez.
- e ai, o
que você está sentindo?
- sono,
fome, não tenho vontade de trabalhar, não tenho vontade de sair da cama,
doutor. O que eu tenho?
- preguiça.
- doutor,
não estou bem, acho que estou com virose.
- você é
médico?
- não.
- então não
sabe se é virose.
- desculpa.
O que o senhor acha que eu tenho?
- virose.
- tenho duas
noticias.
- quero a boa
primeiro.
- na verdade
as duas são ruins.
- por que
você não se toca?
- nossa, que
médico grosseiro o senhor.
- não, estou
falando do exame de toque.
O médico
chama o próximo, uma mulher se aproxima.
- entra,
pode tirar a roupa e deitar na maca.
- não, eu
não sou a paciente, sou a acompanhante.
- não tem
problema, eu também não sou médico.
- doutor, eu não estou me sentindo bem, indisposto, cabeça dói, perna treme. o que o senhor me receita?
- livro de colorir. de oito em oito horas.
- conta até
trinta e três.
- um, um e
meio, dois, dois e meio, três, três e...
- a senhora
é mãe?
- como o
doutor sabe?
- você vai
precisar fazer o exame do toque.
- qual
toque.
- o retal.
- um dedo no
meu reto? Não tem outra saída.
- não, nem
entrada.
- doutor, o que
eu tenho?
- o senhor
está pagando particular ou por convenio.
- por
convenio.
- virose.
- Hola que
tal.
- o senhor é
médico cubano, do programa médico sem fronteiras?
- não, sou
urologista, estou perguntando, a rola como está?
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