- pai, quando
você conheceu a mamãe?
- no
carnaval.
- sério?
- sim. O
papai tava fantasiado de menina fantástica e a mamãe de tarzan. Foi amor a
primeira vista.
- a mamãe se
apaixonou por você de menina fantástica?
- não, eu
pela sua mãe vestida de Tarzan.
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- mãe, pai,
tou indo.
- use
camisinha.
- credo pai.
- credo o
quê? Tou querendo ajudar.
- ajudar
falando esse tipo de coisa.
- sim, quem
dera eu ter um pai que se preocupasse comigo, hoje em dia eu não teria que
estar falando pra minha filha usar camisinha no carnaval.
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- mamãe, qual
foi a primeira coisa que te chamou atenção no papai quando viu ele pela
primeira vez?
- o sutiã.
- oi?
- é que nos
conhecemos no carnaval e ele estava vestido de mulher, usando um sutiã lindo.
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- oi.
- o que você
quer?
- queria
dizer que estou arrependido e pedir pra você me aceitar de volta.
- Não.
- por favor,
eu estou arrependido.
- agora que
passou o carnaval?
- sim. Quer dizer
não, não é porque passou o carnaval. Não tem nada a ver com isso.
- e tudo
aquilo que você falou sobre conhecer outras pessoas, que eramos muito novos pra
passar o carnaval comprometido.
- eu estava
errado. Não sabia do que estava falando. Me perdoa.
Silencio.
- você ficou
com alguém durante o carnaval?
- não.
- tem
certeza.
- tenho, juro
que não fiquei.
- Ok.
- vamos
voltar?
- não.
- por quê?
- só queria
ter certeza que você é realmente um perdedor.
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- vamos dar
um tempo.
- mas por
quê?
- porque falta
uma semana para o carnaval.
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- mãe, to
indo.
- ta, não
esquece de usar camisinha.
- mãe eu tou
indo no mercado.
- ta, mas é
carnaval, nunca se sabe, essa época é perigosa.
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O casal de
velhos está sentado no sofá em frente a televisão assistindo o carnaval.
- lembra
quando a gente saia pular carnaval?
- não.
- Droga,
esqueci que você tinha alzhaimer.
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